Monday, June 20, 2011

Engoli o sol feito um um santo descendo do céu
Reencarnei o caos e organizei o gozo
Eu vi o veräo chegando no rastro da manhä
Mamei nas tetas da tarde e tatei o ardor das pedras
Um transe de estrada num lance de distância
Pra que se prolonguem os entardeceres
E se aproximem os horizontes
Um pássaro surtado varando as alturas
Um grito jurássico atravessando as eras
Paralisando as dores e acordando as feras
Em bálticos mares nunca dantes navegados
Uma canoa flutua suave feito lâmina cortando a saudade
Um cheiro de rio, caboco no cio, roraimeiras de outras beiras
Estava como em Estocolmo? Tudo calmo em Kalmar
Eu queria fazer um poema de luz
Pra acender as cores destas planícies adormecidas
Porque se já näo existe noite nestes dias iluminados
É preciso manter os olhos bem abertos
Pra enxergar a estrela do caminho dos delírios
Eu engoli o sol feito um pássaro num vôo sublime
E num mergulho ornamental entre as nuvens
Virei peixe , me lambuzei de sal e organizei o mar
Pra que subam as temperaturas das águas
desapareçam os tremores dos corpos
E se pintem as cores das cidades
Eu vi o veräo chegando como quem näo quer nada
E devastando a paisagem com fúria e sem piedade.


Joka...veräo sueco 2011

2 comments:

Elimacuxi said...

Esse sol em tua garganta
espalhando os raios por tua voz...
lindo!

Fanzine Episódio Cultural said...

A ACADEMIA MACHADENSE DE LETRAS (Machado-MG) comunica que estão
abertas as inscrições para o VIII Concurso Plínio Motta de Poesias, do
ano 2011. As inscrições vão até o dia 21 de outubro de 2011.
Entrem em contato para adquirir o Regulamento:
a/c Carlos Roberto machadocultural@gmail.com
ESTE CONCURSO ESTÁ ABERTO PARA TODOS!

OBS: O VALOR DA INSCRIÇÃO ( 2 REAIS) PODE SER COLOCADO DENTRO DO ENVELOPE COM AS 6 CÓPIAS DA SUA POESIA.