Saturday, May 31, 2008

estou ferido de estrelas
e me sangram raios de luz pelos olhos
escorro pra dentro da escuridão
acendendo brilhos pelas montanhas
feito um vagalume bêbado
inconsequente espalho indecisões
indefinível meu vagar no espelho
reflito o caos na face
devoro enigmas pela orelha
despregadas de mim estão minhas asas
meu vôo tem vontade própria
alheio a todos os meus abismos
desapareço em precipício

g.q.

1 comment:

Beatriz Provasi said...

...enfim, esse texto tem que entrar no filme! diálogos poéticos! bjs...