Monday, June 09, 2008

quando tudo parecia concluído algo mais se fez possível, sempre haverá alternativa de contraponto a decisão prudente, inconsequente por natureza me atiro no absurdo sem noção do perigo, quem me jogou na contra-mão? quem irá responder por mim? ora bolas, sou eu, eu mesmo, e eu de novo, até me canso de ser tantas vezes eu, um furo no breu, uma lasca de visão, cegueira de ânsias descontroladas, tudo disponível para o risco, agarro a ilusão pelos cabelos, desvio o olhar do meu reflexo no espelho, excessos e ausências, tão simples encontrar a rota, bastaria um pouco de vontade própria, mas o tudo que é nada é mais forte, o tempo todo jogando com a sorte, a que saber ousar com o mínimo de sabedoria pra se ter satisfação, e eu não consigo, mas insisto na contra-mão, na inconsequência, no absurdo, na possibilidade da conquista, nada à vista, perdido e sem rumo, brinco de engolir o instante como um guerreiro tolo e destemido.

g.q.

1 comment:

Beatriz Provasi said...

essas angústias, ao menos, rendem belos textos. gean, se quiser focar no filme, eu tô afim de fazer, viu? a gente se reune, se concentra, e toca esse projeto adiante! te amo, querido! boa noite, tenha bons sonhos... (e não deixe de realizá-los ao acordar!) beijos!